Ex-Prefeito Albino Rainho morre aos 89 anos
O ex-prefeito de Palmital Albino Rainho morreu na noite de quinta-feira, aos 89 anos, em decorrência de uma infecção pulmonar. Ele estava internado havia nove dias na Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição, onde dera entrada com pneumonia. Seu corpo foi velado na Funerária Santa Terezinha e enterrado na tarde de sexta-feira no Cemitério Municipal. Familiares, amigos, políticos, representantes de entidades e pessoas da comunidade estiveram no velório para prestar homenagens. O prefeito Beto Leão decretou luto oficial de três dias em Palmital.
Personagem importante da história política local, Albino Rainho nasceu em 27 de novembro de 1913 em Sore, povoado próximo a Lisboa (Portugal). Era filho de um casal de lavradores que praticava agricultura de subsistência na pequena propriedade rural em que viviam. Após uma infância pobre, veio para o Brasil com 11 anos, já órfão, em companhia do padrasto Manoel Fernandes, com quem residiu por curto período em Pernambuco para, posteriormente, estabeleceu-se em São Paulo. Na adolescência, Albino trabalhou como mascate e, após atingir a maioridade, foi condutor de bondes no centro da capital paulista.
Em São Paulo, conheceu Rosa Marques, com quem veio para Palmital e se casou em fevereiro de 1935. Da união nasceram os filhos Paulo, Antônio, Tereza, Odete e Hamilton. Após mascatear por alguns anos no município, Albino passou na década da 40 a trabalhar no comércio de suínos. Nos anos 50 ele montou seu próprio estabelecimento e comprou uma propriedade rural na qual possuía um alambique de aguardente. Nesse período iniciou sua atuação na política local e participou da fundação do Sindicato Rural de Palmital, do qual foi o primeiro presidente.
Em 1969, Albino assumiu a Prefeitura pela primeira vez e cumpriu mandato até 1972, ano em que faleceu sua esposa Rosa Marques Rainho. À época, também abandonou o comércio e vendeu o alambique, comprando um sítio para dedicar-se à agricultura canavieira. Participante ativo da política local, ele foi eleito em 1982 para seu segundo mandato, que teve duração de seis anos. Antes de deixar o cargo, em 1988, sofreu um derrame cerebral que lhe comprometeu a coordenação motora, mas não impediu que continuasse a atuar na política, que era sua paixão. Nos anos seguintes ainda disputou duas eleições para o Executivo Municipal e apoiou candidatos em outros pleitos.
Entre as principais realizações de suas administrações merecem destaque a instalação da Banda Municipal, denominada Albino Rainho, a fundação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), a implantação da cooperativa dos funcionários municipais (desativada há alguns anos) e a conclusão do prédio sede da Prefeitura, além da construção do Hotel Municipal (hoje Oriente Palace Hotel), das praças à margem da ferrovia e de três escolas de educação infantil.
Fonte: Jornal da Comarca