Poeira “levantada” por caminhões de cana continuam a causar transtornos
A poeira levantada pelos caminhões de cana é uma preocupação dos usuários de estradas rurais e moradores da zona rural há bastante tempo. Uma busca na internet mostra que o mesmo acontece em outros municípios.
Quando a safra de cana-de-açúcar se inicia e o problema surge, os envolvidos voltam a falar da situação e motivados em ajudar, apresentam sugestões das mais variadas para a resolução do assunto.
Todos entendem que o excesso de poeira causa vários problemas, a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) já emitiu parecer sobre os prejuízos para o meio ambiente ligado a “poeira em suspensão”, a produção de outras culturas as margens das estradas são afetadas, o risco ao trânsito de veículos, e o “tráfego pesado” leva a deterioração acelerada das condições das estradas.
O Sindicato Rural de Palmital, como entidade representante da classe produtora rural de Palmital e região, visando defender os interesses e direitos dos agricultores, tem feito trabalhos sobre o assunto:
Em maio do ano passado o Presidente, Gilberto Frandsen, esteve na FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), com objetivo de atuar junto a CETESB para conseguir autorização para a volta da utilização da vinhaça (considerada eficiente quando aplicada), foi feita consulta junto à CETESB, inclusive com reunião presencial, e a posição do órgão é desfavorável, conforme a Norma Técnica CETESB P 4.231, gerando responsabilidade para as empresas.
A Entidade também buscou minutas de leis municipais que normatizam o assunto, a intenção é propor ao executivo a criação de uma lei específica para o município, encontramos legislação aprovada nos municípios de Bebedouro, Cedral, Fernandópolis, que estabelecem responsabilidade especificas, no entanto, de difícil aplicação e controle.
Em Setembro a Diretoria do Sindicato se reuniu com os responsáveis do Departamento de Agricultura, Meio Ambiente e Estradas Rurais de Palmital, na busca de uma solução para o problema, outros produtores rurais também estiveram presentes na reunião na sede da Entidade. Na ocasião foram apresentados os documentos assinados pelas Usinas: Nova Platina, Enersugar, Jacarezinho, Nova América, São Joaquim e Água Bonita, em conjunto com a Prefeitura local sobre o compromisso com a manutenção das Estradas.
Na última semana foi encaminhado ofício ao Prefeito sobre o assunto, solicitando informações sobre as medidas programadas para a conservação das estradas rurais no período da colheita da cana-de-açúcar, nos colocando à disposição para contribuir no que for possível.
Também foi solicitado informações sobre um produto chamado de aditivos antipoeira, comercializado pela S3nano, Empresa de Santa Catarina, que desenvolveu a tecnologia que pode ser aplicada em vários segmentos, inclusive em estradas rurais. Aguardamos a resposta sobre a viabilidade e custos do produto.
Outra possibilidade apresentada pelo Sr. Gilmar Ogawa, Assessor Especial da Presidência da FAESP seria provocar uma alteração na Norma Técnica P 4.231/2005, (CETESB), que regulariza o uso da vinhaça, no sentido de permitir seu uso no leito de estrada. Para tanto, haveria necessidade de estudos técnicos que desse embasamento ao pedido, considerando a possibilidade de apresentar uma nova fórmula que possa contribuir para um parecer favorável.
“O Sindicato Rural de Palmital continua à disposição para receber as sugestões e contribuições sobre o assunto, mantendo o compromisso de bem representar todos produtores rurais, principalmente seus associados. Continuaremos organizando os trabalhos em busca de uma solução razoável para o problema em pauta”, conclui Gilberto Frandsen.